6° Conto da Série "Desejos de Mulher" - A Onda do Prazer
Postado por
Roberta Farig
às
17:45
A Onda do Prazer - Aninha
Muitos pensam que vida de surfista é vida boa, apenas pegar onda e viver nas marolas da vida. Mas não é bem assim que a Aninha pensa. Ela é uma mulher madura, com seus trinta e poucos anos busca mais do que tem vivido da vida. Muito bonita, como uma atleta é, ela busca novas oportunidades, novos horizontes, mas ainda sim esta presa as ondas do passado. Ela vive no meio de muitos homens e nas praias do mundo o machismo ainda impera, onde ela tem que provar todos os dias sua capacidade de vence-los se for preciso. Só que ela anda cansada de vence-los para provar algo a alguém, ela quer mais, quer vencer na vida por ela mesma.
A dificuldade dela vem de berço, onde o pai dela ficou muito frustrado ao saber que sua mãe esperava uma menina e não um surfista. Ela nunca conseguiu ter a admiração do pai por seu uma mulher no surf, ele sempre a viu como apenas uma metida no meio dos surfistas. Ela sempre sofreu com isso, tentou várias vezes conversar com ele sobre isso, mas em todas foi em vão. Isso dificultou a vida amorosa de Aninha.
Ela nunca conseguiu se envolver com alguém sem sofrer, sempre buscando no outro mais do que eles podiam dar a ela. Ela sempre quis suprir a falta amorosa da figura masculina no lugar de pai em seus relacionamentos, mas isso tornou-a chata e como dizem os homens, pegajosa. Com isso todos usavam e abusavam dela, no bom sentido, sem agressões físicas, e quando não mais tinham interesse em suportar suas carências a deixavam sem pensar duas vezes. Seu ultimo relacionamento foi bem assim.
Ela namorava o Pingo a pouco mais de três meses, estava feliz e confiante que desta vez faria a coisa certa. Ela sabia que sua carência prejudicava seus relacionamentos, então estava disposta a se tornar mais agradável. O problema é que isso é muito difícil para ela e em um determinado dia ela se irritou quando ele a trocou por uma ida na casa de um amigo para assistir futebol. Ela questionou o fato dele não querer assistir um filem com ela em plena quarta feira, "dia de namorar", sendo que no final de semana que passou ele também teve pouco tempo para ela treinando para um novo campeonato de surf. Bom, em resumo o namoro acabou ali, ele alegou que ela estava querendo colocar cabresto nele e que ele não estava pronto para relacionamentos sérios. Pulou fora sem pensar duas vezes, deixando Aninha mais uma vez sofrendo por amor sentindo-se pela milésima vez usada.
Desta vez sua dor ficou triplicada pois coincidiu com o falecimento de seu pai. Foi um choque e completamente inesperado. Ele estava sentado assistindo a tv quando ela chegou em casa depois de um dia trabalhando no quiosque de sua mãe na praia.
- Oi pai, boa noite. - Ela o cumprimentou
- Já em casa? Cadê a sua mãe?
- Esta vindo, só esta colocando o lixo na lixeira que não demora o lixeiro vai passar. - Pra variar ele tinha esquecido disso.
- Bom, pois estou com fome.
- Eu faço alguma coisa para você comer pai, é só me dizer o que o senhor quer.
- Não. Deixa que sua mãe faz.
Ela achava isso um absurdo. A mãe trabalha o dia todo no quiosque atendendo a turistas e frequentadores assíduos com a maior disposição e ainda tem que chegar em casa e dar de comer ao seu pai. Ele foi aposentado por invalidez quando sofreu um acidente de trabalho na fábrica de pranchas de surf da região. O acidente lesionou seu pé que foi parcialmente amputado. A indignação dela é que ela quer ajudar só que ele não permite. Tudo por conta de sua frustração em ela não ter nascido homem.
Desta vez Aninha resolveu que não o ouviria e foi para a cozinha preparar o jantar. Sua mãe já tinha separado pedaços de frangos para assar e também a salada, ela só os temperou e preparou tudo. Depois que colocou a frango para assar ela foi tomar banho, daria tempo com folga para que ela cuidasse do jantar após o banho. Só que assim que ela saiu do banho ouviu os gritos de sua mãe e saiu apenas enrolada na toalha. Encontrou seu pai sentado no sofá morto com sua mãos aos seus pés completamente desesperada.
Daquele dia em diante Aninha passou a viver uma vida diferente de tudo que ela viveu. Passou a beber um pouco além da conta e a perder um pouco o senso do ridículo, fazendo a mãe ter trabalho dobrado com ela. Aninha passou a usar os homens da mesma maneira que eles usam muitas mulheres, assim como ela. passou a vestir-se mais provocante, surfava com biquínis menores e muitas vezes acabava por perder a parte de cima no quebrar das ondas. Ela estava desorientada e não ouvia ninguém, só chorava quando bebia demais, pedindo perdão a mãe e ao pai por não ter nascido homem.
Certo dia sua mãe chegou ao seu limite quando encontrou a filha parcialmente nua provocando um dos surfistas da praia. Decidida a mãe de Aninha a levou a uma médica do posto que disse que Aninha precisava fazer uma terapia e que conhecia um médico na cidade vizinha que vinha fazendo um bom trabalho na área sexual. Aninha foi contra, disse que era perda de tempo, que ela sabia o que fazia, mas sua mãe não abriu mão e a levou na semana seguinte a consulta com o Dr Gabriel.
Lá a mãe de Aninha conversou primeiro com o terapeuta por alguns instantes e em seguida ela saiu para que Aninha, muito contrariada entrasse. Foram necessárias duas seções para que a Aninha ao menos olhasse para o terapeuta em sua frente.
Aninha observou o terapeuta em sua frente, analisando-o tanto quando ele a analisava.
- O que foi Aninha? - Questionou o Dr Gabriel, mas ela manteve-se calada e desviou o olhar. - Podemos conversar um pouco? - Ela nada respondeu. - Vamos fazer assim Aninha eu vou falando, perguntando. E quando você achar que deve responde, certo?
Desta vez Aninha balançou a cabeça positivamente. Dr Gabriel começou a falar sobre a vida dela, ou pelo menos ao que a sua mãe tinha falado. Elogiando-a muito, Dr Gabriel falou do quão desejada ela foi, pois a gravidez de sua mãe era a terceira tentativa e quando ela nasceu sua alegria se triplicou ao ver que teria uma amiga em sua vida. Aninha chorava. Continuou falando um pouco de sua infância, mas apenas de coisas boas dela, até que tocou num ponto doloroso a ela.
- Então Aninha, você é uma linda e talentosa surfista no meio de muitos homens, Certo?
- Na verdade não sou talentosa. Esforço-me para não decepcionar ninguém, mas não tenho muito êxito.
- Você fala isso por seu pai, Aninha? - Ela o olhou por algum tempo e então desandou a falar.
- Ele nunca me amou, nunca me aceitou como uma mulher. Nunca tive seu carinho, seu amor, mesmo mendigando o pouco que ele me dava por obrigação, ou por pressão de minha mãe. - Ela chorava, mas era um choro de raiva. - Eu nunca fui boa o bastante principalmente pelo fato de eu não ter nascido homem. Na verdade acho que não sirvo nem como mulher, já que todos me veem como um nada e me tratam igualmente a algo insignificante. O único lugar que me sinto gente é no mar, meu lugar de paz.
- Chegamos ao ponto "G" Aninha. - Disse o terapeuta dando um tapa na prancheta, propositalmente para tirar a atenção dela de suas dores e abrir sua mente para as possibilidades. - Aninha ai esta o problema, VOCÊ!
- Mas é essa a conclusão que você chegou depois de duas consultas inúteis? Nossa, estou surpresa! - Falou debochando.
- Na verdade menina o problema é você, mas não você para os outros, e sim você para você mesma.
Ela nada entendeu, mas o Dr Gabriel resolveu mexer com os instintos dela como mulher e faze-la se descobrir. Descobrir que ela é mais que uma mulher, que ela é mais do que um homem, que ela é única!
- Aninha vejamos... - Pensou ele. - Vamos ao seu mundo, ao seu lugar de paz, como você me disse, o mar. Imagine-se nele, em como você se sente nele. - Ela passou a relaxar e respirar como quem inala a brisa marítima. - Agora sinta essa paz, viva esse momento em que você é feliz pelo que você é, sem descriminações.
- Eu me sinto livre. - Disse ela completamente relaxada. - As ondas são parecidas comigo, com meu jeito de encarar a vida, ou pelo menos com o que eu era. - Ela estava melancólica. - O sobe e desce e o vai e vem das ondas, sem que isso abale sua magnitude é bem o que eu sinto em minha vida. Sou capaz, provo isso todos os dias, mas não para mim mesma, e sim para os que teimam em duvidar.
- Exato Aninha, você é tão capaz de tudo que quiser quanto esse mar que te trás essa paz, e não precisa que os outros aprovem seu jeito de ser, és superior a esse sentimento a essa necessidade. Agora vamos sair das ondas e ir a terra firme. - O que você sente?
- Medo! - Declarou ela convicta.
- Medo? Mas do que? Consegue me dizer? - Questionou o DR Gabriel.
Ela então tocou seu próprio corpo, como quem se analisa e teve um leve tremor.
- Eles não me veem como eu sou.
- Eles quem Aninha?
- Os homens. Eles não me aceitam, não me querem, apenas me usam.
- Mas Aninha você esta falando de "quem" especificamente? - O Dr Gabriel queria provoca-la a entender que existia só um alguém que na cabeça dela não a aceitava.
- Dele, meu pai. - Ela voltou a chorar.
- Mas Aninha, você já deve ter lidado com a perda, afinal já fazem seis meses da partida do seu pai desse mundo.
- Mas ele ainda me perturba.
- Não é ele Aninha, é você. - Disse convicto o terapeuta. - Mas vamos a outro ponto, os homens. Existe alguém?
- Não! - Ela foi definitiva.
- Mas já existiu, certo?
Aninha pensou, pensou e lembrou do único homem que se não fosse o destino a o afastar dela teria a aceitado do jeitinho que ela é.
- Sim, o Thygo.
- Fale dele para mim, por favor.
- Ele foi o único que nunca abusou de mim, que nunca ultrapassou limites depois do terceiro encontro. Ele é um homem que sabe valorizar uma mulher. Soube ver em mim qualidades que ninguém via e me valorizar, mas o destino o levou para o outro lado do mundo, na Austrália, e eu nunca mais o verei de novo.
- Por que você diz isso? Por acaso ele sumiu ou ainda corresponde-se com você?
- Na verdade recebo e-mail´s periodicamente dele, mas nunca os respondo. Ele também sofreu muito com a nossa separação, isso que estávamos juntos a pouco mais de um mês.
- E porque você não se corresponde com ele?
- Por medo, por vergonha... Ah, não sei o por que. - Ela parecia irritada.
- Mas eu sei Aninha. - Ele disse e ela o olhou agora assustada. - Por medo de se aceitar pelo que você é. Afinal com ele você não precisa provar nada para ninguém, não precisa até ser quem você não é. Ele gosta de você simplesmente por você ser a Aninha.
Ela olhou para o Dr completamente emocionada, mas não tinha forças para expressar o que estava sentindo com palavras, então o Dr resolveu que viajar em sua imaginação pudesse a ajudar a soltar um pouco da Aninha escondida dentro dela mesma.
Ela estava mais uma vez curtindo um momento no mar, seu refúgio, seu recarregador de baterias. Ao sair do mar carregando sua prancha viu ao longe um homem se aproximar. Ele era alto, moreno e tinha o caminhar mais sexy que ela já tinha visto. estava serio e quando foi se aproximando Aninha percebeu que conhecia muito bem aquele rosto assim como todo o conjunto da obra. Deixou-o aproximar e fez um charme com os cabelos molhados assim que pode se desvencilhar da prancha de surf. Ele parou em frente a ela, cruzou os braços e acabou por fazer uma cara de poucos amigos, apesar de ter seus olhos ardendo de desejo.
- Por que me olhas se não me amas? - Ela estava afim de cutucar a onça com vara curta.
- Boa pergunta. - Thygo desarmou-a.
Ela baixou a cabeça, completamente envergonhada. Estava se achando com a bola toda e recebeu uma negativa bem no meio da cara.
- Aninha eu preciso resolver algo com você. Algo que ficou no passado, mas que ainda me atormenta muito. - Thygo estava usando um tom melancólico.
- Resolver? Não sei do que você esta falando. - Defendendo atacando, melhor alternativa para os fracos.
- Não se faça de desentendida menina, sabes muito bem do que falo. Falo sobre nós.
- Nós? Você foi embora Thygo, você seguiu sua vida e eu fiquei, fim da história "nós".
- Nossa, parece tão simples para você que pela primeira vez na vida sinto-me um ser insignificante. - Triste Thygo sentou-se na areia, colocando a cabeça por entre as pernas.
Ela sentiu-se a própria "malévola" agora. Pensou em sair correndo e esquecer tudo, inclusive o homem de sua vida sentado desiludido por suas palavras doídas. Mas seu bom coração falou mais alto e ela sentou-se ao lado dele.
- Você não sente falta desta brisa? Deste mar? Deste lugar Thygo?
- Na verdade Aninha tenho tudo isso lá onde estou vivendo, e descobri que não é necessariamente disso que preciso para ser feliz.
Ele virou o rosto para olha-la e então ela percebeu a emoção em seus olhos.
- Do que você ainda precisa então, Thygo?
Ele continuou olhando-a e ao que parece analisando cada mínimo movimento que seu corpo fazia, esperando pelo sinal verde para prosseguir. Quando Aninha suspirou profundamente olhando ainda em seus olhos, Thygo não mais conteve e com seus braços fortes segurou-a e sentou-a em seu colo, fazendo suas pernas envolverem seu corpo.
- Preciso de você, Aninha. - Beijou-a com tanta vontade, com tanta saudade que ela sentiu a força do seu beijo ser maior que a doçura, mas nem por isso deixou de ser maravilhoso.
Beijaram-se por um longo tempo, parece até que o dia se foi e a noite se fazia presente quando eles, já sem fôlego, largaram um da boca do outro.
- Por que não respondias meus e-mails? Por que me ignorou, Aninha?
- Não sei Thygo, por medo eu acho.
- Medo do que? - Ele parecia incrédulo.
- Do que? Sério que você me faz essa pergunta? Olhe para você. Olhe para a sua vida. E agora olhe para mim e quem eu sou. Por favor, não é Thygo, resposta óbvia. - Aninha já estava chorando antes mesmo de terminar sua explicação.
- Como assim? Você é a Aninha, a minha Aninha. A mulher que me fez atravessar o mundo para reencontrar. A mulher que me fez acreditar no amor, mesmo sentindo que estava amando sozinho. - Ele segurou seu rosto com as duas mãos. - Você Aninha, é a mulher que faria com que eu abrisse mão de tudo para ter ao meu lado.
Ela chorava, ele chorava e logo estavam mais uma vez entregues um a boca do outro. Agora o beijo era menos urgente, mais paciente, mais carinhoso.
- Seja minha Aninha.
Ela levou um susto, ele queria a ela ou ao corpo dela? Mil medos mais uma vez apareceram em sua mente, e o desespero de sentir-se usada mais uma vez se fez presente.
- Então é isso Thygo? Apenas isso que você quer, não é verdade?
- Mas não é o suficiente para você, Aninha? - Ele parecia confuso.
- Deveria ser não é? Afinal o que mais uma menina metida a surfista que não sabe o que quer da vida, pode esperar de um homem a não ser que ela o sirva. - Ela estava furiosa e foi saindo do colo dele, mas foi impedida.
- Do que você esta falando Aninha? Não entendeu nada do que eu te disse, não é? - Ele apertou o braço dela para que ela prestasse atenção. - EU TE AMO! - Declarou soletrando a frase carregada de sentimentos.
Ela o olhou e percebeu o seu infantil engano. Muito envergonhada enterrou seu rosto em suas mãos, desejando que pudesse sumir daquele lugar. Ele paciente esperou que ela percebesse sim o tamanho erro que tinha cometido em julga-lo como um qualquer e a fez perceber o quão verdadeira eram suas palavras, a ponto dele ficar ali esperando ainda por ela.
- Onde eu assino? - Perguntou ela tentando quebrar o clima.
- O que você disse?
- Onde eu assino para que tenhas posse total sobre a minha pessoa?
Thygo parecia não acreditar no que estava ouvindo e ao perceber que ela falava sério, mesmo em tom brincalhão agarrou-a e mais uma vez devorou sua boca quente.
- Prometo fazer de você a mulher mais feliz do mundo, Aninha. - Ele falava entre os beijos.
Então Aninha se deu conta de que tinha uma pessoa que talvez fosse sofrer com as possibilidades que seu compromisso com Thygo pudesse causar, sua mãe.
- Calma ai gato, temos um problema.
- Qual?
- Você sabe que eu tenho a minha mãe e ela só tem a mim, então, o que vamos fazer sobre isso?
- Aninha ela pode ir conosco. Eu tenho um bom emprego, dá pra menter-nos com tranquilidade por lá.
- Não sei se ela toparia Thygo, minha mãe é muito independente financeiramente desde sempre, acho que ela não se adaptaria a ser sustentada.
Aninha deu a Thygo uma informação que poderia mudar tudo outra vez, que poderia até separa-los. Ele pensou, encostou mais uma vez a cabeça nas mãos e um tempo depois deu a solução.
- Ela não precisa ir Aninha. Eu volto para o Brasil. - Declarou ele bastante confiante e certo do que disse.
- Você é maluco? - Aninha estava incrédula.
- Na verdade não sei, mas por você, para não perder você novamente eu faço tudo.
Aninha o achou louco, mas ao mesmo tempo teve ali a maior prova de amor que poderia um dia esperar. Um homem, ou melhor o seu homem, declarando que seria capaz de largar tudo para tê-la para sempre em sua vida.
Completamente envolvida por tudo, pelas palavras, pelo lugar, pelo momento, Aninha decidiu que precisava sentir, pela primeira vez, o gosto de seu verdadeiro amor. Ela o agarrou pelos cabelos ainda sentada em seu colo e o puxou contra o seu corpo, fazendo com que ele e sentisse e ela o percebesse. Logo as mãos de ambos passaram a passear por seus corpos, fazendo uma deliciosa dança pré prazer.
- Você tem certeza que quer, agora?
- Nunca tive tanta certeza em minha vida. Eu quero ser sua, aqui e agora, quer lugar mais perfeito que esse? - Disse ela abrindo os braços mostrando o quão lindo e mágico era o local em que eles estavam, a praia.
Ele sorriu e a agarrou mostrando o quanto estava feliz por poder, finalmente tê-la em seus braços como sua. Continuaram as caricias, ele invadiu a parte de cima do biquíni dela com as mãos e aproveitou para revela-los para que sua boca gulosa os devorasse. Ela jogou a cabeça para trás, sentindo o prazer do que estava acontecendo. Agarrou seus cabelos em seguida e puxou a boca dele para ir de encontro com a sua. Mais um beijo quente foi dado e logo o nós que prendia a parte de cima de seu biquíni caio, deixando-a parcialmente nua.
- Opa, acho melhor carrega-la daqui. Não quero que ninguém veja essa mulher que é somente minha.
Thygo agarrou-a no colo, fazendo com que ela o abraçasse com as pernas e braços, ocultando sua parcial nudez. Fora para baixo do trapiche da praia. Ele era escuro e pouquíssimo movimentado durante a noite, tendo apenas e lua como curiosa. Deitou-a na areia para observa-la melhor.
- És a mais bela dentre todas, Aninha! Se perfeição tem algum significado concreto, esse certamente seria você.
Ele a ganhou, se é que ela já não pertencia a ele. Entregaram-se um ao outro em uma mistura louca de amor com tesão. pareciam dois famintos e estavam dispostos a devorar um ao outro. Ele mordiscava o pescoço dela e ia descendo enquanto ela o apertava com suas pernas e puxava seus cabelos. Logo ele terminou de a despir, apreciou um pouco seu belo corpo e passou a lentamente despir-se. Uma jogada de mestre que fez Aninha surtar com o que via, um homem todo perfeito, todo gostoso e todo seu!
Ele não conteve-se e continuou a sua peregrinação pelo corpo dela chegando ao seu ponto mais desejado, fazendo-a curvar ao primeiro contato. Aninha então sentiu-se envergonhada e tentou, sem sucesso fechar a passagem dela ao meio de suas pernas.
- Calma minha menina, não vou machuca-la.
Aninha sabia que ele não a machucaria, mas tinha vergonha por toda a sua vida pregressa e mantinha-se tensa.
- Aninha não sei o por que de sua tensão, mas se é algo relacionado a sua vida, ao que passou, pronto. O nome já diz, é passado e isso para mim não mais importa.
Não precisou-se ser dito mais nada, Aninha relaxou entregando-se a ele, sem medo algum e ele deliciou-se com seu sabor, fazendo-a gemer de prazer até chegar ao seu orgasmo.
Aninha nem se quer descansou, virou-o de costas para a areia e começou a retribuir a carícia que recebeu. Abocanhou-o com vontade, com volúpia e magistralmente passou a subir e descer por seu membro com sua boca, fazendo sua língua serpenteia-lo para seu prazer incondicional.
- Clama! - Disse Thygo já se fôlego a ponto de sucumbir ao seu orgasmo. - Quero sentir isso acontecer dentro de você.
Então puxou-a mais uma vez para seu colo e com um encaixe perfeito, que fez Aninha mais uma vez gemer, os dois começaram a dançar a dança perfeita que significava aquele momento de cópula dos dois. Juntos ditaram o ritmo, juntos acariciavam e juntos chegaram a um orgasmo de estremecer meio mundo. Ali ficaram os dois sentados ainda sobre o efeito pós prazer, mas sem desencaixar-se em momento algum planejando o futuro que os esperava.
- Aninha, acho que conseguimos chegar onde ambos queriam, certo? - Dr Gabriel tirou-a de seu sonho mais que perfeito.
Ela o olhou, parecia ser outra mulher. Olhos brilhantes, cor de pele mais rosada e um indescritível sorriso de felicidade.
- Com toda a certeza. - Disse. - Hoje percebi que preciso muito pouco para ser feliz. Preciso ser apenas eu mesma e certamente sei onde buscar-me sem medo de ser feliz, surfando a real onde do prazer.
Dr Gabriel ficou satisfeito com o resultado dessa terapia. Achava que seria mais complicado faze-la entender que ela tinha tudo, só bastava encontrar esse tudo dentro de sí própria. Satisfeito deu por encerrado o dia de terapias e resolveu correr para os braços de sua amada, gostosa e insaciável esposa, a Bia!
Beijinhos do coração.
Roberta Farig
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