1° Conto da Serie: "Desejos de mulher" - Contos eróticos - "Leitura do prazer."
Postado por
Roberta Farig
às
21:10
"Leitura do prazer"
Hela sempre buscou a paz que a literatura a trazia, lendo e relendo determinados livros mediante a resposta da leitura em sua vida. Sempre muito movida a emoção, tem nos livros épicos seu predileção, mas jamais abandonando o romantismo de um bom Romeu e Julieta básico.
Tem apenas 23 anos e já vive um relacionamento de cinco anos com o agora seu noivo Luka. Um homem muito jovem, que é ambicioso e ainda muito imaturo, dificultando muitas vezes a vida de sua amada. Hela sonha alto, sonha em viajar, conhecer o mundo, conhecer pessoas e vivenciar diferentes momentos, quem sabe tendo a possibilidades de reviver algo que leu nos livros. Ela sonha alto, mas sempre com os pés no chão, o que é bom, mas a limita muito.
Sua vida sexual sempre foi muito boa, pelo menos é no que ela acreditava já que o Luka foi seu único homem na cama. Sim, e apenas na cama mesmo já que ela nunca saiu dela para fazer amor com ele. Ela mora sozinha a dois anos, desde que se formou na faculdade de Biblioteconomia e tem a liberdade de sua kit net para fazer o que bem entender. Luka a visita nas quartas feiras e nos finais de semana e é nesse período que eles entregam-se um ao outro para fazer o tradicional papai e mamãe.
Até então a vida dela sexualmente falando era normal e muito boa, ela tinha um orgasmo por mês, mais ou menos, e nem sempre seu noivo se preocupava com isso, satisfazendo-se apenas. Só que ela então foi presenteada por uma amiga com uma série de livros muito diferente de tudo que ela já tinha lido, a Série CrossFire. No inicio ela ficou muito intimidada com o que ela encontrou numa rápida pesquisa sobre o primeiro livro "Toda Sua" na internet. - " Gideon é o homem perfeito, rico, bonito e muito bem sucedido, alem de ser um amante perfeito. Cheio de defeitos e problemas emocionais causados no passado que não impediram que a também problemática Eva se encantasse por ele e passassem então, juntos a viver uma intensa e erótica história de amor." - Intrigada e muito curiosa ela deu inicio a leitura do livro na terça feira, assim que o ganhou. Irritou-se pois teve que parar sua leitura na quarta por causa da visita de seu noivo, e o evitou ao máximo intrigando-o. Na quinta deu continuidade a leitura e na sexta concluiu em tempo recorde, trocando o sono pela história dos três livros. Excitação a definia ao ler a ultima linha, claro que regada a indignação por ter que esperar a continuação desta serie tão quente, que na verdade aqueceu a vida de Hela.
Após tudo isso, todas essas informações a cabeça de Hela começou a vagar por caminhos até então desconhecidos, fazendo com que ela analisasse sua vida amorosa e percebesse que deixa muito a desejar. Desesperada Hela decide procurar uma ajuda profissional, e no catalogo médico de seu plano de saúde ela encontra um terapeuta que é especializado em sexologia. Em principio fica incomodada pelo fato de ele ser um homem e exita em consultar-se com ele, mas depois de muito pensar e perceber o tamanho da confusão que tem em sua cabeça ela decide ceder a seu preconceito e agenda uma consulta.
No dia da consulta ela estava muito nervosa, sentia-se como uma mulher adultera que iria praticar tudo que sua mente desejava que seu corpo fizesse. Piorou muito quando ela adentrou o consultório e se deparou com o Dr Gabriel. Um homem maravilhosamente lindo, moreno e com um sorriso de encantar qualquer princesa em sua torre encantada. Percebendo o estado de conflito em que a Hela se encontrava o Dr convidou-a a sentar-se e relaxar, colocando uma música instrumental. Pouco a pouco, ouvindo a música e sendo observada pelo Dr, Hela foi relaxando, mas ao mesmo tempo foi aquecendo. Respondeu algumas perguntas de praxe do terapeuta e então foi surpreendida.
- Srta Hela, o que posso fazer por você? - Pergunta muito sugestiva, pensou Hela.
- Na verdade Dr eu nem sei ao certo por que vim parar aqui, ou sei. Não, eu já nem sei mais. - Confusa com sua mente a vagar e observar o terapeuta Hela se viu perdida.
- Vamos por parte Hela. Você sabe minha especialidade e então imagino que o motivo de sua visita ao meu consultório seja sexo.
Essa palavra causou calafrios em seu corpo, fazendo com que ela tremesse de verdade.
- Sim - Foi o que ela conseguiu responder.
- Certo. E como anda sua vida sexual Hela? - Direto e objetivo, pensou Hela e ainda por cima permitindo uma intimidade.
- Boa. - Ela respondia mais com seu corpo do que com sua boca.
- O que é ter uma relação boa para você Hela?
O que responder agora? - Hela pensou. Afinal de contas o "boa" até poucos dias atras era o suficiente, mas agora depois de Gideon nada que Luka fazia era suficiente. Seu corpo ansiava por mai, muito mais.
Vendo que Hela viajou em sua imaginação e não respondeu sua pergunta o terapeuta atrevido foi mais longe em sua investigação.
- Conte-me Hela o que te faz vagar assim, imaginando algo que faça seu corpo reagir tão visivelmente.
Ela surpreendeu-se com a observação do Dr, mas em momento algum sentiu-se incomodada. Na verdade sentiu que poderia se soltar e trazer seus sonhos para a realidade de seus lábios, quem sabe assim tornando-o um pouco mais real. Então ela passou a relatar o que vinha guardando dentro de um lado bem escondido de seu corpo, um desejo capaz de muda-la totalmente.
"Eu estou em minha biblioteca arrumando os livros da ultima prateleira do corredor T, já é final do dia e estou contando os minutos para ir embora. Passo então a perceber que estou sendo observada e resolvo brincar com meu admirador. Pouco a pouco passo a evidenciar meu corpo com movimentos calculados em cima da escada de três degraus que me leva a prateleira mais alta. Abaixo e levanto inventando uma nova ordem para os livros, sendo que na verdade busco apenas fazer com que minha bunda se evidencia em meu vestido justo de Oxford preto. Eu estava arazando só não contava que meu sapato scarpan fosse me trair nesse momento e assim que ele prendeu no degrau eu perdi o equilíbrio e cai.
Acreditei que fosse me esborrachar no chão, mas percebi que tinha sido salva. Ele estava perto, bem mais perto do que eu imaginava e agarrou-me em seus braços. Senti-me acolhida e encarando aqueles olhos negros me observando não contei tempo, em agradecimento beijei aquela boca sem nem esperar uma autorização. Beijei com vontade, como quem precisasse daquele beijo para viver, com uma ânsia de querer mais de tudo que tinha vivido.
- Tão sedenta. - Ele exclamou sem folego - Deixou-me com gostinho de quero mais.
- Não fique apenas com o gostinho, coma toda a fruta. - Insinuei e fui compreendida.
Ele me carregou até os fundos da biblioteca para termos um pouco mais de privacidade, afinal tinham ainda com alguns leitores dentro. La entre uma pilha de livro e outra ele dominou mais uma vez minha boca e eu permiti que suas mãos passeassem por meu corpo indicando-o onde eu as queria. Não parecia ser preciso indicar algo a ele já que aos poucos ele dominou também meu corpo apertando e sugando diferentes pontos dele, fazendo-me sucumbir ao desejo de ser devorada.
Minha bunda estava sendo deliciosamente amassada por ele que dizia-me a todo o momento frases simples e exitantes como " você é uma delícia" , "quero provar de você todinha" ou ainda "culta e gostosa, combinação perfeita para um sexo surreal". Eu gargalhava, baixinho claro, mas não conseguia conter meu riso o que o deixava ainda mais atiçado ao prazer. Então o ziper de meu vestido foi aberto e ele caiu por minhas pernas deixando-me apenas de calcinha, já que não usava sutiã neste dia. Surpreso com essa visão ele não pensou e devorou meus seios sugando forte e estimulando-os. Delirei com uma leve mordida no meu mamilo e meu quadril respondeu rápido mexendo excitado. Agarrei então sua bunda e aproximei nossos corpos para que eu pudesse senti-lo e como foi impressionante essa aproximação. Ele parecia grande, enorme na verdade e nem assim eu tive medo, pelo contrário, muito melada passei a sussurrar em seu ouvido "quero você dentro de mim", "grande e duro, quero agora" e ainda "me come de uma vez". Meu pedido, uma ordem.
Delicadamente ele retirou minha calcinha, me deixando intrigada. parou em minha frente deixando uma pequena distancia entre nós que incomodou-me um pouco.
- Nem em meus melhores sonhos imaginei ter tão bela princesa.
Achei linda a sua colocação, mas não desejava ser a princesa e sim a puritana que quer pecar.
- Pois eu não desejo um príncipe. - Declarei o deixando intrigado. - Desejo um predador.
Ele sorriu, retirou seu sapato, depois a camisa desabotoando-a um a um os botões, torturando-me. Não perdi tempo e minha mãe foi direto para minha abertura sedenta por ele. Aquele striptise estava me levando a loucura e minhas mãos acompanhavam o ritmo de meu desejo. Quando ele estava só de cuecas eu estava já a ponto de gozar, mas fui impedida por ele, que substituiu minha mão pela sua, usando a outra para massagear meus seios e sua boca para selar meu orgasmo. Não demorou um minuto e eu gozei, sentindo minhas pernas moles pelo prazer. Vendo que eu fraquejava ele pegou-me em seu colo e sem cerimonias adentrou seu membro grosso e duro dentro de mim, fazendo-me gemer de prazer e dor. Apesar de estar muito molhada do orgasmo que tive ele era muito grande e precisei de algumas estocadas intensas dele para que me adaptasse. Foi também o tempo que precisei para reacender e permitir que me preparasse para o novo orgasmo que meu corpo ansiava.
Metendo com força, mordendo meu pescoço e sussurrando "gostosa", "apertadinha" e " que tesão" e vi que estava chegando perto outra vez. Agarrei seus cabelos e mordi de leve sua orelha. "Vou gozar" eu o avisei e ele muito tesudo aumentou o ritmo da estocada e logo, juntos, gozamos.
Fiquei sem forças, nem para colocar meus pés no chão e impressionada pois ainda o sentia duro dentro de mim. Ele ofegava e sentia o sorriso dos seus lábios em meu colo. Pena que tivemos que desfazer esse amontoado quente que tornamo-nos pós sexo em decorrência de que não estávamos sozinhos. Uma porta para um quartinho de limpeza estava próxima a nós e eu fiz sinal para que fossemos para lá. Ele com uma habilidade incrível pegou nossas roupas mantendo-se ainda dentro de mim e fazendo-me gritar baixinho de medo de cair e levou-me para o quartinho escuro.
Lá dentro ele me colocou em cima da poltrona velha que estava encostada em um canto e beijou minha boca mais uma vez. Logo ele estava vestido em minha frente.
- Preciso ir. - Ele declarou e para minha surpresa não sofri.
- Tudo bem.
- Voltamos a nos ver?
- Quem sabe. - Respondi com um sorriso pra lá de vitorioso.
Ele se foi, eu fiquei lá perdida entre meus pensamentos pós foda e imaginando quem seria minha próxima vitima, já que ele era apenas mais um dos "sexos na biblioteca" que já tinha vivido."
A respiração de Hela estava alterada e muito exitada, molhada na verdade como nunca ficou. Foi então que ela observou o seu terapeuta atras de sua prancheta fazendo anotações sobre tudo que ela havia relatado. Não sentiu-se envergonhada, ao contrario a cena que ela estava vendo agora a deixou ainda mais excitada.
Afastou um poucos as pernas e passou as mãos entre elas se fez notar-se. Dr Gabriel olhou por cima do óculos e percebeu que Hela estava trazendo seus frutos de sua imaginação para a sua realidade, o que o deixou bastante feliz.
- Muito bem Hela. Você não só soube relatar sua fantasia sexual em seu local de trabalho como também esta conseguindo desejar isso, notoriamente, agora para a sua vida, tornando seu sonho realidade.
Ela estava quieta apenas o observando, mas não mais se tocando.
- Essa é a real intensão de minhas terapias Hela. fazer com que minha paciente entenda que seu prazer dependi sim, e muito dela. Que você, Hela, pode mudar sua atual vida sexual apimentando-a sem medo algum. - Ele parou para observa-la. - Não sei se sua primeira opção seria o sexo casual em seu local de trabalho, mas que tal começar com uma bela noite de sexo com seu noivo?
Ainda cala Hela só observava e captava tudo o que o terapeuta dizia.
- Crie seu mundo tornando-o real. Ornamente com velas, uma boa bebida, talvez algo para comer também e capriche na música, isso tornara as coisas mais fácies e você certamente se soltara muito mais. Acho que vale a pena tentar e se você perceber que ainda não consegue se libertar volte e retomaremos a terapia.
Hela despediu-se de seu terapeuta agradecida. Sentia que algo mudou dentro dela e certamente iria botar seu noivo no teste. O problema é que agora não seria ela a testada e sim ele, sendo que se ele reprovar no quesito "deixa-la molhada" certamente seu relacionamento iria por água a baixo.
Beijinhos
Roberta Fari
2 comentários: